Imprimir Resumo


Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 757-1

757-1

SUSCEPTIBILIDADE À POLIMIXINA B EM AMOSTRAS DE Klebsiella pneumoniae RESISTENTE AOS CARBAPENÊMICOS ISOLADOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Autores:
Brunela Santana (UFES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO) ; Ana Carla Barbosa Lirio (UFES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO) ; Rodrigo Cayô da Silva (UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO) ; Ana Cristina Gales (UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO) ; Kênia Valéria dos Santos (UFES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO)

Resumo:
Introdução: Durante o período da pandemia por COVID-19, pacientes hospitalizados com síndrome respiratória aguda grave apresentaram risco aumentado de pneumonias bacterianas secundárias à infecção viral. Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenêmicos (KP-RC) apresentou aumento significativo de ocorrência em diversos hospitais durante o período pandêmico. Dessa forma, as polimixinas voltaram ao cenário clínico como opção para tratamento de pneumonias graves causadas por bacilos Gram-negativos resistentes aos carbapenêmicos. Objetivo: identificar e avaliar a susceptibilidade à polimixina B de amostras de KP-RC isoladas de pacientes com COVID-19 internados em unidades de terapia intensiva no segundo ano da pandemia em um hospital estadual do Espírito Santo. Materiais e métodos: As amostras de KP-RC foram identificadas pela técnica de MALDI-TOF MS. Os testes de susceptibilidade foram realizados por microdiluição em caldo para a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) de polimixina B. Resultados e discussão: No total, 181 isolados foram identificados como Klebsiella pneumoniae, a maioria provenientes de sangue (26,1%), urina (24,8%) e catéter (21%). A maioria das amostras (50,8%) foi resistente à polimixina B seguindo os critérios de pontos de corte do BrCAST (2021). As CIMs dos isolados resistentes foram: 4μg/mL em 35 isolados, 8μg/mL em 10 isolados, 16μg/mL em 14 isolados, 32μg/mL em 16 isolados, 64μg/mL em 10 isolados e 128μg/mL em 7 isolados. Dentre as amostras sensíveis as CIMs foram de 1μg/mL e 2μg/mL em 12 e 77 amostras, respectivamente. A CIM50 e CIM90 foram 4 e 16μg/mL, respectivamente. Dados recentemente publicados mostram aumento na dispensação das polimixinas durante o período pandêmico no hospital de estudo, sugerindo uma possível associação entre os achados. Conclusão: Mais da metade dos isolados de KP-RC foram resistentes à polimixina B, o que representa um desafio para a antibioticoterapia, principalmente para pacientes graves. Dessa forma, é necessário enfatizar a utilização adequada dos antimicrobianos para conter a disseminação de cepas resistentes. Agências de fomento: SESA; ICEPi, CAPES, FAPES.

Palavras-chave:
 Klebsiella pneumoniae, Resistência, Carbapenêmicos, Polimixina B, COVID-19


Agência de fomento:
SESA; ICEPi, CAPES, FAPES